Hoje, no dia em que ela nasceu, minha irmã bruxa de alma límpida como um rio cristalino, eu cantei e bebi com os Deuses e Deusas do Amor, da Amizade e da Sabedoria, toda a alegria de tê-la comigo em mais uma de nossas existências! Vida longa a ti! E que o Amor seja sempre tua estrada!
Quando as portas finalmente se abriram e eu pude contemplar
as centenas de milhares de livros que flutuavam no ar, com suas palavras que
saltavam das páginas negras em cor dourada e fúcsia, e o cheiro de incenso
inundava todo o ambiente, eu senti as mãos de Raquel tocarem as minhas, e num
passeio pelas letras daquele mundo, eu a levei. Senti que seus olhos brilhavam
diante da sabedoria eterna que vagava no ar da sala e que ela podia absorver
essa sabedoria pelas íris, que se tornavam cada vez mais furta-cor. Sua alma
transparente agora cintilava em brilhos que ofuscavam aqueles que estavam lá
fora, e na parede central da antessala do templo que agora atravessávamos, refletidas
no vitral multicolorido, eu li para ela as palavras que escrevi com meu
pensamento.
Raquel – num dia de sol e chuva nasceu.
Brincou, cresceu.
Amou, sofreu, lutou, perdeu...
Libertou, venceu.
Raquel – edifício em construção...
O mundo todo na palma da mão...
Amiga, irmã, poetisa, perfume de maçã que eterniza a doçura
da vida.
Ah, a vida. A vida por ti Raquel eu daria. Mas há tanta vida
dentro de ti, que vida ainda me sobraria. Mesmo que mil vezes morresse. E
ressemeada, replantada, florescesse.
És para todos, mas muito mais para mim. És Sol de verão e de
inverno. És alva e carmim.
És a certeza da volta.
E quando pro mundo voltamos, prontos para o Amor estamos.
A ti, Raquel, o universo brindou com o maior tesouro real .
Teu coração é de ouro. E tua alma Leal!!!
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