Bem vindo às Terras de Salém. Onde a Magia nunca tem fim.

domingo, 17 de agosto de 2014

Aquilo que não está lá

Hoje vou falar daquele vazio que todo ser humano sente de vez em quando, que parece nunca ter fim, que parece não mais nos deixar. Desesperante como uma asfixia, num filme qualquer da Sandra Bullock.



Hoje a rua estava vazia
E no vazio cabem muitas coisas
Cabem espaços e devaneios
Dores e volteios

No vazio cabe um imenso amor
Tão confuso que se confunde com dor
Mas que nada mais é do uma flor
Esperando aquele sol voltar

O que é o vazio?
Talvez seja ele o imenso mar
Que o capitou se confrontou em navegar

Um poema do "poetairmão" Rabib Floriano Antonio.



domingo, 27 de abril de 2014

Quero Habitar em Você




Quero habitar em você
Todas as noites e dias
Quero fazer de ti minha morada
Quero te fazer enamorada
Dias e dias sem fim
Até que sejamos apenas um
Como Krishna, ou Deus
O mesmo início
O mesmo meio
E o mesmo fim

Um poema de meu amigo-irmão Aquiles Peleios.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Declaração de Amor à Lua




Ela sempre me encanta.
Ela me faz parar.
Me tira o fôlego nas horas
em que fico a admirar.
Saio com ela na madrugada
de mãos dadas a andar.
Ela no céu e eu na Terra
juntos, a namorar.
Ela enche de luz a noite triste
e de Magia o meu caminhar.
Lua Cheia tão brilhante...
brilha junto meu olhar.

Declaração de amor à lua é um poema do meu amigo-irmão Aquiles Peleios.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Um amigo que se vai






Um amigo que se vai
É um sorriso deixado no canto da boca
Imóvel
Surpreso consigo mesmo
Pelo estranho fato de não conseguir sair
Um amigo que se vai
É folha de livro grudada
Onde não se sabe o que ali está escrito
E com quem aconteceu o que...
Um amigo que se vai é a bola de sorvete caída no chão
É batida de porta de carro no dedo
É mordida na língua
É bicho abandonado e faminto
É injustiça
É falta de perdão
Um amigo que se vai é o vazio das tarde de domingo
Onde a estranheza das horas é só o que se tem
Um amigo que se vai é o que não se deseja a ninguém...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Quero Morrer

Quero morrer de uma maneira plena e livre
Alçar um vôo leve e sereno, num céu de estrelas cintilantes
Pousar com calma num gramado verde e brilhante
Onde me esperem para brincar coelhos e esquilos

Quero morrer neste mundo sem consolo e sem perdão
Quero acordar renascida em mim mesma, na imensidão
E me reconhecer - a criança sorridente que nunca fui
Com o olhar perdido no balão que sobe mais e mais no azul

Quero nascer no outono das folhas avermelhadas pelo tempo
Crescer no inverno recolhida em calor e semente
Debutar na primavera das flores e do vento
E no verão ameno estar madura em corpo e mente

Quero morrer enfim, para o medo e para o nada
Voltar em muda escolhida a dedo e replantada
Quero morrer para a dúvida e a incerteza
E voltar em fruto colorido sobre a mesa


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Soneto da morte ao luar


Dói-me no peito todas as dores deste mundo.
A vida esvai-se lenta e dolorida por minh’alma.
Nenhum sorriso me acalenta ou traz –me a calma.
Nenhum bálsamo cura-me o corpo nauseabundo.

Negra noite eterna se faz presente em meu viver.
Silencio e solidão são de mim os companheiros.
Somente alguns olhares passam por mim ligeiros.
E expressam pranto e compaixão pelo meu ser.

Abandonei-me à própria vida, auxiliando minha morte.
Poupei-lhe o tempo eterno de um pesar.
Mas ao contrário não sou um pobre, tenho sorte.

Morrerei ainda esta noite, lenta e suave morte.
A morte gentil e fremitante,
Daqueles que morrem sorrindo ao luar.


domingo, 10 de novembro de 2013

A Mente Que Habito



Não me entendo
Não me compreendo
Me arrependo
Um emaranhado de fios

Fios desencapados
Encostando-se
Dando curto
Queimando minha sanidade

Para onde? Por onde? Por quê? Quando?
Dúvidas, dúvidas...
Conflitos, dores, pudores, amores
Ilusão, desilusão, confusão, mais e mais dúvidas...

Meu, seu, nosso, de ninguém
Escuro, claro, longe, perto
Cima, baixo, um lado, ou outro
Que coisa de louco!

Será que sou louca?
Ou o mundo é que é?
Será que você é louco?
Será que nós somos?

Será que seremos nós?
Será que é só você?
Meu Deus, quantas perguntas...
Será que mais alguém vê?

Não me entendo
Não me compreendo
Só sei que está doendo
E me arrependo por isso

Vejo tudo
Ao mesmo tempo não vejo nada
Tenho tudo
Ao mesmo tempo não tenho nada

Poderia ser tudo mais fácil
Se não fosse tão difícil
Poderia ser mais rápido
Se não fosse tão demorado

Tudo depende da minha sanidade
Da minha dificuldade
Só lhe peço paciência
Não estou de bem com minha consciência

Não me entendo
Não me compreendo
Só sei que está doendo
Sim, eu estou vendo

Me desculpe, eu não faço por mal
Eu queria ser normal
Mas não consigo!
E nem sei por quê!

Não sei quem sou
Não sei o que quero
Não sei o que espero
Eu apenas não decido

Falemos sério agora
Na boa, eu não entendo
Eu não compreendo
Eu não ME entendo

Só sei que está doendo
E é difícil para mim, não saber mais do que isso
Está doendo
E é só isso

Um poema da "poetamiga" Jessica Kaczmarkiewcz, que com maestria rege as palavras que tocam música para a alma ouvir.