Não me
entendo
Não me compreendo
Me arrependo
Um
emaranhado de fios
Fios desencapados
Encostando-se
Dando curto
Dando curto
Queimando
minha sanidade
Para onde?
Por onde? Por quê? Quando?
Dúvidas,
dúvidas...
Conflitos,
dores, pudores, amores
Ilusão,
desilusão, confusão, mais e mais dúvidas...
Meu, seu,
nosso, de ninguém
Escuro, claro, longe, perto
Escuro, claro, longe, perto
Cima,
baixo, um lado, ou outro
Que coisa
de louco!
Será que
sou louca?
Ou o mundo
é que é?
Será que
você é louco?
Será que
nós somos?
Será que
seremos nós?
Será que é
só você?
Meu Deus,
quantas perguntas...
Será que
mais alguém vê?
Não me
entendo
Não me
compreendo
Só sei que
está doendo
E me
arrependo por isso
Vejo tudo
Ao mesmo
tempo não vejo nada
Tenho tudo
Ao mesmo
tempo não tenho nada
Poderia ser
tudo mais fácil
Se não
fosse tão difícil
Poderia ser
mais rápido
Se não
fosse tão demorado
Tudo
depende da minha sanidade
Da minha
dificuldade
Só lhe peço
paciência
Não estou
de bem com minha consciência
Não me entendo
Não me
compreendo
Só sei que
está doendo
Sim, eu
estou vendo
Me
desculpe, eu não faço por mal
Eu queria
ser normal
Mas não
consigo!
E nem sei
por quê!
Não sei
quem sou
Não sei o
que quero
Não sei o
que espero
Eu apenas
não decido
Falemos
sério agora
Na boa, eu
não entendo
Eu não
compreendo
Eu não ME
entendo
Só sei que
está doendo
E é difícil
para mim, não saber mais do que isso
Está doendo
E é só isso
Um poema da "poetamiga" Jessica Kaczmarkiewcz, que com maestria rege as palavras que tocam música para a alma ouvir.
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