Pandora esqueceu-te num canto e todas as desventuras que
outrora existiam, dissolveram-se em nuvem, fluindo no ar. Ficou somente o verbo.
Amor perfeito, calor de vela perfumada, incensa chama oriente, beleza presente
na sala de estar. Amiga do conhecimento, cercada do saber, puseram-te aos
livros, a enfeitar. Ricamente ornada de prazer, com pedras de alegria
encravadas em teu ser, estrutura firme e flexível, bronze-cobre a reluzir, tens
o tempo como escravo, a lua como amiga, o universo a lhe sorrir. Soubeste ser
bela e necessária para aquele que hoje a tem por perto. Trazes beleza e
meditação. Som-silêncio e inspiração. Expiração. Ausência de suspiros e saudade
perene. O longo beijo desejado, o abraço que freme. Trazes em teu corpo luz
dourada de magia. Transparência em pedraria. Tua riqueza não está no que mostras,
mas no que aparece em teu brilhar. Luzes brandas de amizade, fraterno trançado
suave, paixão de cor a incendiar.
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