Bem vindo às Terras de Salém. Onde a Magia nunca tem fim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Os Olhos da Dor


Talvez de todos, já nascidos
Dos poemas, o mais doído
Sim, com lágrimas concebido
Não nego
Mas não por isso, menos belo
Talvez o mais belo de todos
Porque doído há de ser
Hoje vi teus olhos
E doeu em mim a tua dor
Dor misteriosa
Dor não sei do quê
Mas vi e me marcou
E marcado ficará
A dor de te querer e não poder
Ah que dor essa que dói
Que machuca
Que corrói
O meu e o teu ser
Sei quem tu és...
Quis correr atrás de ti
Chamar-te pros meus braços
Dar-te o meu calor
Vês o quanto dói?
Tanto dói que até constrói
Esse belo poema de amor
Cá estou eu agora
A saborear você
Tua bebida preferida
Aquelas duas que, contidas
Contém o teu querer
Teu querer de me querer
De me querer e não poder
Será?
Será que é engano meu?
Diz que não passou de ilusão
De uma doce confusão
Que fiz dentro do meu ser
Esse ser confuso que se encanta
Que se deleita e se espanta
Com o meu e o teu prazer
Esse prazer que é só nosso
Que ninguém há de nos tirar
Diz que não quer ficar
E acaba logo com essa dor
Tira de mim esse calor
Que tu cismaste 
De em mim plantar
Com esse teu jeito
Esse pesar
Que carregas em teu ser
Essa beleza cruel
Amarga como fel
Mas doce de provar
Quero-te tanto meu amor
Não conte
O humano coração com mais verdade
Livre, porém, vou lhe deixar
Para que decidas o que pensar
O que fazer e realizar
Mas saiba que essa alma
Essa alma que se espanta
Que se deleita e se encanta
Com teu calor e teu pesar
Segue te esperando
Te querendo
E desejando
Teu puro amor compartilhar
Segue na certeza
De uma nobre singeleza
Bem particular
Que é a certeza que bem poucos
Carregam na existência
A certeza de que tu e eu
Fomos feitos para isso
Apenas concebidos
Encontrados e perdidos
De uma simples querência
Feitos para amar
Simplesmente, nos amar

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