Bem vindo às Terras de Salém. Onde a Magia nunca tem fim.

domingo, 9 de setembro de 2012

Pat.



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."



...Se meu nome é Renata, Luciana, Cristina ou Ana Paula, não importa, sou Patrícia e isso não muda nada. Não sou namorada, noiva, esposa ou amante. Monocromática por opção, não estou propensa à amizade colorida. Ainda assim, reconheço que a cor negra é minha preferida (afinal democraticamente mistura todas as cores). Recuso tons pastéis e admiro o encarnado. A ausência de luz não me amedronta, enxergo bem melhor no escuro, mesmo assim prefiro estar à meia luz. Se sou estranha, esquisita, diferente excêntrica ou exótica, tanto faz, pois tudo é o mesmo e pode ser diverso aos olhos de quem me vê. Sou canhota, sou sinistra, sou eu mesma, sou pessoa e diferente do Fernando não tenho heterônimos, apenas a arte de sobreviver, sabendo que navegar é preciso... me identifico com Álvaro de Campos e a sensação de ser estrangeira em qualquer lugar do mundo. Sei exatamente e principalmente o que não quero. Não admito ser escolhida por homem nenhum, faço a minha escolha, e se ele não me quiser, tenho determinação suficiente para não ficar ao dispor e a mercê de suas vontades. Além disso, quem perde é ele, sem falsa modéstia, sou especial. Meu posicionamento é fazer o que me faz bem, mesmo que não seja nada reconhecido em cartório ou faça parte das convenções sociais. Imponho que não há regras no amor nem na dor, também, não há jogos de conquista, tão pouco de manutenção da mesma. O encanto há de ser espontâneo, a vontade há de ser carnal, o envolvimento há de ser espiritual. Tem que haver também amizade, parceria, lealdade e comprometimento. Ninguém vai conseguir me modificar, entendi que de fato as pessoas não mudam (e também que elas mentem). Prefiro dizer a verdade, sabendo que ela absolutamente não existe. Atribuo a espontaneidade ao 1° de abril, por achar a data que estreei divertida, e tanto faz se Áries ou Marte me dão predisposição à luta. Trabalho muito e não espero que ninguém se orgulhe de mim, me orgulho eu mesma de conseguir suportar esse cotidiano maluco que tenta uniformizar os indivíduos. (Sou o sujeito que tem consciência de seus predicativos). Sendo forte, também sou sensível, intensa, chorona, falo alto e estou sempre rindo. Não sou bipolar, mas às vezes transito pelas antíteses... Quando bebo muito não me esqueço de nada, nem da dor de cabeça, nem das minhas responsabilidades. Mulher menina, mãe e filha... Quero e vou viver um dia de cada vez, apreciando o doce e às vezes amargo sabor da descoberta. Se no final de tudo nada tiver sido ou acontecido, não me importo, pois como disse Roberto (o Carlos) “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”. E...para quem não me conhece, e quiser perguntar alguma coisa, já vou logo dizendo que não vou responder, ainda assim muito prazer...

Pat.

Texto escrito pela minha irmã e amiga, Patrícia Correa.

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