Bem vindo às Terras de Salém. Onde a Magia nunca tem fim.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Se a palavra sai


Se a palavra sai
Ela se vai de mim
E se esvai
Do que não sei, a fim
Puro prazer
Movimento meu
Atento
Descontento
Acalento o sonho que se perdeu
Volto breve
Leve
Lebre
Corro
Paro
Morro
Renasço
Sol
Chuva
Mormaço
Apenas ouço, então
O som do meu passo
E a palavra me retorna
Água morna
Num dia de cansaço
Subo
Desço
Desfaço
E a palavra me aperta assim
Feito um abraço
Segura em meu pescoço
Quer me sufocar
Me dói no osso
Deixo então que ela se vá
Mas ela volta
Sempre volta
Num eterno gemido
A me sussurrar no ouvido
Jamais vou te deixar

3 comentários:

  1. Uau! Fodástico! Me deu aquela sensação de estar ouvindo "Palavras", de Titãs, numa releitura lírica de Marisa monte, mesclada com Quintana e Blake, uma mistura mágica e poética que só a feiticeira Sibila Blake sabe fazer.

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  2. Bonito... e embala o leitor... (Aq.)

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  3. Enfeitiçando nossas mentes com lirismo musical...

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